Algumas pessoas crêem que o tempo da graça para Satanás só se esgotou
na cruz (João 19:30), pois ainda nos dias de Jó ele participou com “os
filhos de Deus” de uma reunião “perante o Senhor” (Jó 1:6-8). Mas a
descrição desse episódio não sugere que a reunião haja ocorrido
necessariamente nas cortes celestiais, e muito menos que Satanás, depois
de expulso do céu (Apoc. 12:7-9), ainda tivesse acesso à salvação.
Ellen White esclarece que o tempo da graça para Satanás e seus anjos
esgotou-se com a expulsão deles do céu. Ela declara que “Deus, em Sua
grande misericórdia, suportou longamente a Satanás”, e que “reiteradas
vezes lhe foi oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e
submetesse”, mas ele jamais aceitou os apelos da misericórdia divina (O
Grande Conflito, págs. 495 e 496). Havendo perdido sua posição nas
cortes celestiais, Satanás ainda solicitou para ser readmitido no céu,
mas Cristo lhe disse que isto seria impossível. O próprio Satanás deixou
a presença de Cristo “plenamente convencido de que não havia
possibilidade de ser reintegrado no favor de Deus” (História da
Redenção, págs. 27).
De
acordo com a Sra. White, após os anjos caídos deixarem o céu, “não
havia possibilidade de esperança de redenção para estes que haviam
testemunhado e compartilhado da glória inexprimível do Céu, tinham visto
a terrível majestade de Deus e, em face de toda esta glória, ainda se
rebelaram contra Ele. Não haveria novas e maravilhosas exibições do
exaltado poder de Deus que os pudessem impressionar tão profundamente
como aqueles que já haviam testemunhado.” (No Deserto da Tentação, págs.
25 e 26).
Alberto R. Timm (publicado na revista do ancião em abr – jun 2003)
Fonte:Novo Tempo
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